segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

semeando Luz II



Semeando Luz II
(Nas Lides do Eterno)
Wagner Borges

Não há lugar para arrogância nas lides espirituais.
O trabalhador espiritual lúcido sabe que é um servidor da Luz.
Ao se reunir com seus companheiros, sabe que está dentro de uma egrégora**.
E, por isso, curva-se aos magnos objetivos que norteiam sua espiritualidade.
Os valores conscienciais profundos o chamam para o serviço nobre e libertário.
Ele sabe que os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade estão acima dele.
Ele respeita o lugar onde trabalha, e é grato. E respeita os seus irmãos de senda.
E mais: ele respeita o Todo. E agradece o dom da vida. E se sente neófito da Luz.
Ele estuda, para esclarecer sua consciência. E trabalha pela alegria de seu coração.
Diante de uma jornada espiritual, ele se sente pequeno veículo de celestes lumes.
Ele não se considera mestre de coisa alguma, porque sabe que Mestre é o Todo!***
Muitas vezes, ele chora, ao sentir o toque da eternidade em seu coração.
E, principalmente, quando uma voz sutil lhe diz, em espírito: "Abrace o mundo!"
Então, ele ora a favor da humanidade e sente que a Luz viaja por entre os planos...
E sua consciência toca outras consciências, na graça da assistência espiritual.
Por obra e graça da Luz, algo sutil possui seu coração e abraça o mundo.
Ah, ele sente isso! As ondas do Amor mais lindo de todos viajando em seu coração.
E ele sabe que a vastidão desse sentimento é serena, e a tudo compreende.
Seja num trabalho em conjunto, ou em particular, ele sabe que o Alto o conhece.
Sim, a Luz conhece seus propósitos e suas limitações. E é nela que ele se fia...
Ele sabe que, diante do mundo espiritual, nada está oculto. E tudo tem sua hora.
Por onde ele segue, o templo é em seu coração. E o mundo está ali, em seu abraço.
E ele caminha contente pela senda... Porque é servidor da Luz. E é feliz por isso.
E ele sabe que nada no mundo pode preencher seu coração desse jeito lindo.
E seus olhos brilham, pois percebem o Todo em tudo. E ele se torna um sol.
Ah, ele curva a cabeça, sim. Pois, diante do infinito, ele é só um pontinho.
Mas, é ponto de luz, graças ao Grande Arquiteto Do Universo. É ponto sadio!
E, por onde ele segue, a Luz vai junto. E isso é seu presente. É sua alegria perene.
Não, ele não se sente mestre de nada. Já lhe basta ser um pontinho luminoso.
Então, ele persevera, por obra e graça do Alto, semeando luz...
Porque não cabe ao servidor da luz saber os motivos que só o Alto conhece.
O que lhe cabe é fazer o bem e vencer a si mesmo.
E ser feliz. E perseverar... Sempre se fiando na Luz.

P.S.:
Tão perto... Mas não vemos.
Porque estamos longe de nós mesmos.
Olhamos o mundo de fora, e ignoramos o que está dentro.
Tentamos explicar os mistérios do universo...
E, no entanto, sequer nos conhecemos verdadeiramente.
Porque estamos longe e nos perdemos.
Fugimos de nós mesmos e nos machucamos tanto!
Anestesiamos o espírito em nós e esquecemos quem somos.
Por isso, nos tornamos estranhos, até para nós mesmos.
Ah, tão perto... Em espírito, dentro de nossos corações.
Uma Luz. Um Amor. E o Todo, que está em tudo.

(Dedicado aos meus amigos do Espaço Semeando Luz, da cidade de Caxias do Sul, 

na serra gaúcha).

Paz e Luz.
Wagner Borges - neófito do Todo.